É íncrivel como tudo que fazemos hoje em dia está sujeito à aprovação. Seja da sociedade, dos teus pais, dos teus amigos, do teu namorado, do teu vizinho. Não importa. Cada passo dado, cada escolha... Tudo é julgado. Aí você pode me dizer: "eu não me importo com o que os outros pensam." Mentira. Essa é mais uma atitude de quem busca aprovação. Só que do lado de lá: o lado mais libertino.
Baseio-me em psicólogos e psiquiatras pra dizer que é uma condição natural do ser humano procurar aceitação. Mas convenhamos, isso é um saco. E cansativo.
Se tu és bonzinho, as pessoas de taxam de besta. Se tu és escroto, as pessoas te taxam de barraqueiro. Se tu frequentas a missa, te taxam de puritana, se frequentas festas, as pessoas te taxam de mulher da vida. Se tu não bebes, não fuma e não fode, as pessoas riem dizendo que não sabes aproveitar a vida. Se tu bebes, fuma e fode em todas as posições, as pessoas só não te chamam de santa. Se tu acreditas no amor, as pessoas te contam mil casos de romances não concretizados, se tu acreditas no "viva la vida loca", as pessoas te atiram pedras (Madalena que o diga). As pessoas, as pessoas, as pessoas. Mas que saco essas pessoas! E o pior sabe qual é? É que estamos incluídos aí. Quem de nós nunca apontou o dedinho pro vizinho e esqueceu dos outros três voltados pra si? É, meu caro. Ninguém é isento de responsabilidade.
O pior de tudo é que não percebemos o mal que isso pode fazer ao ser alheio, coitado, protagonista da frase "vamos mudar de assunto que o assunto chegou". Também não percebemos o quanto isso nos atrasa a vida, o quanto perdemos tempo ao ser platéia do outro, enquanto ele está lá vivendo e a gente aqui, falando e falando. Crente que somos melhores... Mas quando.
Olha, se me perguntassem qual é a fiolosofia que eu adoto diante desse gigantesco "soubeste da última do(a) fulano(a)?", fico com aqueles que querem agradar ao lado libertino. Não que eu seja adepta da libertinagem, mas pelo menos viver sem se importar com-o-que-é-que-vão-falar é bem mais fácil... E ativo. Porque quem muito fala não faz nada e fazer algo (mesmo que errado), é melhor do que ser como um boneco: perfeito, porém inerte.